Neste artigo irei falar como precificar corretamente nos supermercados. No passado não muito distante, os varejistas utilizavam um processo praticamente 100% manual. Onde eram afixados os preços com aquelas etiquetadoras e com as grandes oscilações ocasionadas pelos planos pré-real, isso era um trabalho quase que inacabável. Visto que algumas mercadorias costumavam ter um preço pela manhã e na parte da tarde outro.
Como precificar nos supermercados
Este cenário graças ao plano real não é mais a nossa realidade. Com isso os varejistas enxergaram que poderiam ter uma melhor eficiência com a gestão de preços. Através claro de um bom sistema de gestão ERP.
Portanto a gestão de preços é uma visão mais voltada a processos comerciais e logísticos, ou seja, processos que normalmente terminam com a exposição do produto na loja.
A Gestão de Preços é importantíssima, pois neste processo é onde o setor comercial busca os melhores produtos com os melhores preços e junto à logística busca a eficiência tanto no transporte como também nos processos de recebimento, armazenamento e claro exposição nas lojas. Porém quando a empresa não têm um Centro de Distribuição. Caso contrário a empresa também deve incluir mais alguns processos como o de expedição e transporte que neste caso será com equipe interna.
Qual a diferença entre Gestão de Preços e Gestão de Precificação?
Gestão de Precificação vem depois da Gestão de Preços, ou seja, ela esta voltada às práticas adotadas para a operação de exposição de produtos, onde o produto é marcado, demarcado ou remarcado. E assim como na Gestão de Preços ele também têm diversos procedimentos a serem trabalhados na sua loja.
O mais importante é que você saiba que todos os produtos que estão no piso de venda devem ter preços visíveis e com fácil entendimento. Este é um dos processo mais complicados hoje em dia. Porque temos uma infinidade de produtos. São variedades que não acabam mais e cada dia que passa o mix só faz aumentar. Isto trás descrições enormes que muitas vezes não cabem na etiqueta de gôndola que normalmente tem o tamanho de 10x40mm.
Tornou-se uma missão impossível conseguir colocar toda a descrição do produto na etiqueta de gôndola.
Surgiu um novo processo que foi colocar o código de barras nas etiquetas. Assim o cliente pode verificar se o preço é realmente do item que têm em mãos. No entanto, este processo quebra um direito importantíssimo do consumidor o de ter preços de fácil entendimento. Todos concordam que não é nada fácil o cliente pegar o produto e verificar se o código é o mesmo que esta no produto.
Você deve esta afirmando “não seria mais fácil colocar o preço no produto e pronto”, seria!
No entanto a operação não é nada fácil, como temos um mix que no mínimo tem oito mil itens, não é fácil ter preço em todos os produtos, isso faz com que as etiquetas sejam a pratica mais eficaz, mas para que ela funcione devemos nos atentar a alguns processos:
Todo produto deve ser exposto com a sua etiqueta de gôndola, não esqueça que nela deve ter as informações básicas exigidas, que é descrição, código de barras e preço.
Portanto, uma dica importantíssima, a maioria das empresas tem uma pessoa responsável pela precificação e gerenciamento da margem, normalmente é esta pessoa que imprimi as etiquetas de gôndola, minha dica é tente ter mais eficiência neste processo com a automação de preços, é simplesmente um terminal onde os repositores e promotores da loja scaneam os produtos, colocam as quantidades de etiquetas necessárias e é só confirmar.
A importância de um bom ERP na gestão de precificação
Claro para que este processo funcione você deve verificar se o seu ERP tem isto homologado, caso contrario vale muito a pena investir, lembre-se que a eficiência é o primeiro passo para a excelência.
Quando mudar o layout das gôndolas nunca se esqueça de também mudar as etiquetas de lugar, muitas vezes você tira uma marca de achocolatado de lugar, coloca a marca x no lugar da marca y, isso trás confusão para o cliente.
Para ele o preço é o que esta abaixo do produto, pois temos que entender que a descrição é apenas o segundo passo do processo do cliente, você agora deve esta se perguntando como assim?
Existem 3 passos no processo de verificação, ao quais eu descrevo abaixo:
- Primeiro passo – O cliente verifica o preço do produto, pois ressalto que o preço sempre é o item em fonte maior na etiqueta;
- Segundo passo – O cliente verifica a descrição do produto, na maioria das vezes ele nem verifica, cabendo muitas vezes este processo ao colaborador em casos onde existam divergências no momento de passar a mercadoria no caixa;
- Terceiro passo – O cliente verifica o código de barras do produto, normalmente este também entra no mesmo processo do segundo.
Os terminais de consulta de preço não devem ter divergências entre etiquetas de precificação e PDV, cuidado que isto traz grandes transtornos com clientes e com órgãos fiscalizadores.
Não esqueçam das placas promocionais. As placas onde você destaca produtos que estão em promoção. Seja qual for o tamanho devem ter todas as especificações da etiqueta de gôndola.
A importância da atualização de preços
Os preços oscilam, claro que não com a velocidade que existia a vinte anos atrás, ainda bem. Portanto, é importante que ao alterar, nunca esqueçam de troca-las rapidamente. Sempre peço que as cargas de preços, processo que muda os preços nos PDVs e nos Terminais de Consulta de Preços. Sejam realizadas em horários de pouco movimento ou se possível nenhum movimento que seria com a loja fechada. Evitando aquele problema que é o cliente pegar o produto na gôndola e a placa está por R$ 1,99 no entanto quando o mesmo passou no caixa esta por R$ 2,25. Neste caso o cliente reclama. O fiscal vai até o lugar do produto mas a etiqueta já foi trocada e o preço é de R$ 2,25. Portanto, isso além de gerar problemas com o cliente que mesmo tendo o desconto no PDV sai reclamando e dizendo que vai ficar mais atento pois isso pode acontecer sempre e ele nunca ter percebido. Claro que na maioria dos casos onde o preço no PDV está menor que o da gôndola o cliente normalmente não reclama.
Essa é a Demarcação de preços que seria a baixa de produtos, já a Remarcação é a alta dos produtos.
Portanto, ao gerar carga de preços na loja emita sempre um relatório dos preços que foram alterados. Porque é isto que dará ferramenta para o gestor da loja. É isto que faz a gestão de precificação, o relatório de preços onde o gestor terá um norte em meio a tantos itens dentro de sua loja.
Relatório de preços alterados
Com o relatório em mãos o mesmo deve fazer um tour na loja. Verificando item por item se foram devidamente trocadas às etiquetas de gôndola e placas promocionais. Assim como também verificar se não existem divergências entre os preços expostos na loja e os PDVs e Terminais de Consulta.
Com isso você pode mensurar como está a eficiência da Precificação da sua loja. No entanto este será um próximo assunto a debatermos aqui no site. Este artigo traz os processos operacionais a serem seguidos.
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