Neste vídeo o Antônio Balbino entrevista o Professor Carlos Eduardo Santos
Atualmente o Carlos Eduardo Santos é diretor de desenvolvimento de negócios para América Latina na Sensormatic e Presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas – ABRAPPE.
Um profissional com muitos anos dedicados a prevenção de perdas, mais de vinte e cinco anos dedicados. Portanto passou por grandes empresas como Pernambucanas, Marisa e Walmart. Professor e um dos pioneiros nas formações acadêmicas nacionais para profissionais de prevenção de perdas.
Veja abaixo alguns pontos abordados pelo professor Carlos Eduardo Santos
Estamos vivendo uma crise sem precedentes, estamos falando de economias diferentes, infraestrutura, ruptura. Tudo diferente!
O varejo que está funcionando teve que se adaptar, primeiro por uma questão de saúde, preservar a saúde de seus colaboradores. O profissional de prevenção de perdas é preparado para gerir crises, isso ajudou muito. Portanto, hoje se consegue ter lojas aberta e com segurança.
Prevenção de perdas não pode tomar partido da questão social e econômica, nós temos que gerenciar risco. Se a decisão é loja fechada, vamos gerenciar o risco contra o patrimônio e se a decisão é loja aberta nos vamos gerenciar o risco da saúde do funcionário e do cliente.
A equipe de prevenção de perdas deve olhar com muito carinho para as questões de acurácia de estoque e ser muito protagonista nisso. Um bom planejamento de estoque depende do nível de assertividade do estoque.
Pensando em e-commerce é fundamental, no modelo Omni Channel, o primeiro desafio é garantir que o que você informa no seu canal web está correto, o segundo desafio e dizer que está correto e em que local, o terceiro desafio é saber se existe este produto fisicamente. Claro que existem outros desafios de entrega, prazo e demais.
Muitas empresas estão fazendo isso por camada, assim conseguir diminuir os riscos e com isso evitar a frustração do cliente, que acontece por n motivos.
O sonho de todo varejista é transformar sua loja em centro de distribuição e com isso reduzir todo o custo logístico com ele.
O grande desafio da operação é conseguir fazer uma gestão eficiente, tratando as causas que geram problemas de acurácia, fazendo os inventários rotativos adequados, de acordo com nível de acurácia. Portanto, a regra para fazer inventário é quanto você tem de acurácia de estoque. Uma loja que tem uma acurácia boa ela faz menos inventários, uma loja que tem uma acurácia ruim precisará fazer mais inventários.
Uma loja que adota o modelo de um inventário por ano, tem um modelo ruim. Porque, de novo, você não está gerenciando risco.
A prevenção deve ser protagonista na questão da acurácia. Que não seja só um indicador da área logística e comercial.
Existem empresas que já não chamam mais a área de prevenção de perdas, porque a palavra perda pode ter uma conotação muito simples e resumida do potencial que a área de prevenção de perdas pode gerar. O grande objetivo é gerar caixa. Então, nós da prevenção de perdas temos que estar conectados com as estratégias da companhia, temos que ter uma visão mais ampliada da perda. A perda não é simplesmente a perda física do produto.
A perda é por exemplo, todos os prejuízos que acontecem numa operação do e-commerce. A perda é a perda de venda, porque o cliente não achou o produto na área de venda, gerando ruptura. A perda está relacionada a produtividade a eficiência. Portanto, esse é o conceito da perda ampliada. Que a gente vem amplamente discutindo e tentando mostrar que a área de prevenção de perdas deve ser uma área geradora de lucro.
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